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quarta-feira, 28 de julho de 2010

sobre a morte e o seu poder


“A sensação que tenho é de que meu filho está mais vivo do que nunca. Quem morreu fui eu. Estamos falando da minha morte”.
Esta declaração de Cissa Guimarães em relação a morte do filho cortou o meu coração. A morte, embora seja a única certeza que temos, quando vem, acaba tirando a vida até dos que ficaram vivos. Ela consegue ser destrutiva, impiedosa e talvez fique ali, sorrindo de nossa impotência diante dela. Maldita morte! Maldito poder destrutivo que ela tem. Não temo encontrá-la, mas temo que os que eu amo a encontre primeiro que eu; sofro com a possibilidade de perder alguém que eu amo - não que eu viva pensando nisso, mas quando as coisas acontecem com o vizinho, já ficamos de sobreaviso. Sei que as coisas acontecem quando tem que acontecer, mas isso não me impede de ficar esperando a ligação dos meus amores - família e amigos queridos - quando estes estão viajando. Só tenho paz quando recebo uma ligação com as palavras de tranquilidade "CHEGAMOS".
Em 28 anos de vida só perdi uma pessoa a quem eu amava - um tio -, mas a dor no início é quase insuportável. Com o tempo a lembrança fica ali martelando e cada canto da casa, cada palavra dita, lembra a pessoa que partiu sem se despedir - ele morreu em uma viagem. A sensação é que a pessoa estivesse fazendo uma viagem de férias, mas que sabemos ser sem volta. Por esse motivo, não canso de lembrá-los e GRITAR o quanto são importantes para mim e o amor INFINITO que sinto por eles.
Por isso GRITO, GRITO e GRITO!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

sobre educação, panfletos e os cristãos


Estava conversando com um amigo a respeito de aceitar ou não panfletos que são distribuídos na rua. Ele disse que se sente obrigado a receber, pois quando não o faz, as pessoas o tomam como mal educado.
Eu estava na porta do hospital conversando com um amigo e esperando a chuva diminuir a sua intensidade, quando um senhora pára diante de nós para entregar um panfleto sobre o amor de Deus. O meu amigo aceita e confidencia que é cristão e quando ela vai me entregar, eu agradeço, mas recuso. Ela insiste, dizendo que ali eu encontraria a mensagem para a felicidade eterna, mas mesmo assim, diante de tamanha oferta, eu falo com ela que prefiro não ser feliz eternamente. Não sei se ela foi treinada para persuadir e insistir, ou se o grande problema é não saber lidar com um "NÃO", ela continuou ali com a sua mensagem estendida diante de mim. Eu fui mais ríspido.
Eu : Senhora, eu sou ateu.
Senhora [com os olhos esbugalhados]: Mas jesus te ama e morreu por você.
Eu: Lamento por deus e seu amor platônico comigo. Ele me ama, mas eu não o amo.
Senhora: Mas ele morreu na cruz por você.
Eu: A opção foi dele morrer, mas isso não quer dizer que eu tenho que aceitar o sacrifício dele. Cada um com as suas escolhas. Ele escolheu morrer por mim e eu quero viver por mim. Há um conflito de interesses entre seu deus e eu, mas nada que a distância entre nós não possa resolver.
Senhora: Meu filho, você não sabe do que você está falando. Mas gente como você, quando ele voltar, vai clamar por perdão e ai vai ser tarde demais. Queimarão no fogo do inferno.
Eu: E gente como você, fica cega pela fé e nem sabe mais quando tem que parar de incomodar aos outros. Fique com o seu deus e sua verdade para você, e se não tem mais nada para fazer aqui, por favor, siga seu caminho e vai falar com quem quer te ouvir.

Tem pessoas que não sabem a hora exata de parar, e vivem para fazer com que as pessoas acreditem nas mesmas coisas que elas. Não ando por ai tirando a fé de ninguém e nem tentando fazer ninguém deixar de acreditar em deus, mas me recuso em aceitar que façam o mesmo comigo. Se deus existe, que venha ele mesmo me dar o recado.
Grito, Grito e Grito!

domingo, 25 de julho de 2010

Primeira Impressão é a que fica.

=

Nada como um dia após outro para se obter um bom aprendizado sobre relacionamentos. Ontem eu aprendi mais um mandamento que marcará o meu pequeno diário 2010: 

“Não causar mau impressão no primeiro encontro a sós”

Pois bem, ontem um guri que eu conheci na boate há alguns dia atrás me chamou pra sair, conversar e tal. Achei assim, super empolgante, a ideia de sair e ver gente, e principalmente CONVERSAR um pouco.

Ele veio pontualmente me buscar de carro as 00h da noite, todo lindinho, bem arrumado e tudo mais. Me deu um selinho quando entrei no carro e me perguntou pra onde eu queria ir. Ele então deu a alternativa de irmos a um barzinho que é bem movimentado, mas nada que fosse exageradamente dançante (musica alta feelings, impossível de conversar). Gostei da pedida, e lá fomos nós.
Ficamos conversando e bebendo. Eu com um certo controle, mas ele continuava firme, um copo após o outro. E isso não é legal.
Enfim, ele me chamou para irmos em algum lugar para dançar...
Fomos, e ele começou a ficar incoveniente, e exibicionista ao extremo. O bebe-bebe etílico continuou. O guri estava fora de controle e gritava ao invés de falar. (engraçado todo bêbado grita né?!)
Eu fiquei extremamente incomodado com aquilo. Até tentei lhe falar, “para um pouco”, mas tem bêbado que fica irredutível (quase todos).

Até que chegou um outro carinha em mim enquanto ele ensaiava um strip-teaser* no meio da pista de dança e me envergonhava. Eu estava um pouco afastado, e o cara veio com aquele papo de sempre, mas ficamos apenas conversando, nada demais, falei que estava acompanhado e tudo mais... (porém me deu uma vergonha de dizer com quem eu estava). Meu acompanhante se anunciou sozinho (o que é pior), quando ele viu o cara próximo a mim, começou puxando-o pela camisa e gritando “Não vem querendo o que é meu”.

E eu fiquei meio (leia-se totalmente) perdido na hora, “humm... comassim seu?!”.
Bom, inevitavelmente a briga começou, e eu me embrenhei no meio da multidão, escapando do lugar, fingindo que não conhecia ninguém.
Do nada encontrei uma amigo e acabei dormindo casa dele. 
E a minha única vontade naquela hora foi de SUMIR.

Hoje de manha quando acordei recebi a seguinte sms:

Desculpe pela noite de ontem, fui expulso da boate e acabei dormindo dentro do carro de tão mal que eu estava. Estou meio de ressaca mas, podemos sair hoje, prometo me comportar.”

sms resposta:

aham Cláudia, senta lá

Ps. óbvio que não respondi o coitado mas, acho que é melhor ir devagar, ainda mais por que achei muito forte aquela de “não vem querendo o que é meu” e pior, do jeito que ele bebeu, imagino o quanto de bebida ele deve ter jogado fora hoje. (Que nojooo – ecaaa!!).

Depois dessa eu... Grito, Grito e Grito!

By Tato.

* como se escreve stripteaser? Não achei nem no google a forma certa de escrever isso! Help Me!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

aconteceu o que eu NÃO estava esperando

Nada na vida acontece por acaso ou talvez aconteça. também tem o fato de o universo conspirar contra mim - sim, ele conspira. FATO! - e fazer com que coisas loucas aconteçam comigo. O meu amigo de quem falei no post anterior, ligou em minha casa e soltou:
Amigo - Visão, eu encontrei o seu blog - eu senti um frio na barriga.
Eu - Meu blog, como assim você sabe que é meu blog?
Amigo - Sim, seu blog, sei que é seu pois acabei de ler a nossa conversa de ontem.
Eu - Então - já procurando um lugar macio para cair...
Amigo - Velho, eu não pensei que iria te decepcionar e eu não pensei que eu iria te magoar - Enquanto ele fala eu agradeço que foi uma ligação e não uma vídeo chamada ou ele aparecendo em minha porta.
Eu - Velho, eu escrevi ali, não por você ter me magoado, e sim pelo fato de saber da condição em que eu estou. O tal "te aceito desde que você não se exponha e não me leve junto" que não é dito nas conversas onde eu me revelo. Você só acendeu a luz que não tinha sido acesa até o momento e algo que eu terei que aprender a lidar, e a única forma que eu vejo é não estar por perto.
Amigo - Mas você está falando sério em "me tirar da sua vida e não dar notícia"?
Eu - Não e sim! Complicado. Falo que descobri que eu enfrentarei isso e que estou pronto para seguir adiante e viver a minha vida longe de todos, por não querer que as pessoas a quem amo se sintam constrangidas com a minha presença e de um possível namorado.
Amigo - Em nenhum momento eu quis dizer isso, e talvez você tenha me interpretado mal. Eu gosto de você pra caramba e nada muda e/ou mudará entre nós. Quando li, pensei "O que é real ai? Pode ser drama".
Eu - Amigo, eu não estou chateado com você e também sei o que você sente por mim, mas eu nem estou falando disso, estou falando que eu posso viver longe e aprender a viver sem tê-los por perto. Eu já fiz esse exercício e sei do que eu sou capaz. Mas depois eu te ligo. Tchau.

Passou um tempo, e ele chamou em minha porta. Conversamos bastante, colocamos os pingos nos "is' e ele se foi com a certeza de que tudo entre nós continua o mesmo. E continua.
Acho bem provável que ele irá aparecer por aqui hoje, e só para ele não esquecer, quero dizer que EU O AMO MUITO E COM TODA A FORÇA E VERDADE QUE HÁ EM MIM. Sei de nossas diferenças, mas conheço também do grande respeito que temos um pelo outro. E não vou tirá-lo de minha vida NUNCA, mas quem tem o poder de decidir se vai permanecer em minha vida ou não é você. E espero que fique por toda a vida.
GRITO, GRITO e GRITO!

terça-feira, 20 de julho de 2010

aconteceu o que eu estava esperando

Eu tenho um amigo que eu sempre o achei prafrentex e muito inteligente. Um cara que veio de um lar cristão como eu e que também tem suas dúvidas em relação a deus - mas no caso dele não era por causa da homossexualidade, pois ele é hetero, mas por causa da vida sofrida que ele tinha e que o levou a refletir sobre o cuidado de deus. Mas o que mais me encantava nele era o seu lado de não se importar com o que os outros pensavam ou falavam - pelo menos era o que ele dizia - e por dizer que as pessoas tem que ser quem elas são. Essas palavras dele, levou-me a contar a verdade sobre mim, e fui aceito por ele, e ele acrescentou "nada mudará entre nós".
Antes de vir tomar conta de Reflexo [ele fez uma cirurgia e estou tomando conta desta criança], eu fui convidado por ele para comermos um acarajé e conversar um pouco, e entre um assunto e outro segue este diálogo:
Eu: Quando eu casar, quero você como padrinho.
Amigo: Quero saber de dar meu cu a ninguém.
Eu: Estou te chamando para ser padrinho e não participar de uma suruba.
Amigo: Eu sei, mas eu não posso te dizer que eu iria em um casamento gay e , principalmente, ser padrinho, pois o que as pessoas pensariam? Eu teria que justificar a minha família o motivo, e você sabe que eles são cristãos. Não mesmo. Só se for em outra cidade e longe deles.
Eu: Convite retirado. Eu entendo a sua reação e sei como as pessoas ainda são ignorantes a respeito disso, Amigo. Homem não pode ser amigo de gay pois ele será gay, como homem não pode ser amigo de mulher pois ele provavelmente vai querer transar com ela. Eu sabia que mais cedo ou mais tarde isso aconteceria, e que um dia eu sentiria na pele o que o preconceito pode fazer. Entendo que você é meu amigo, me aceita, mas desde que isso não seja exposto para a sociedade, afentando a sua sexualidade. Respeito sua posição, mas só quero dizer que eu estou tentado conseguir algo longe da Bahia justamente por isso. Eu vou viver longe de vocês, vou tirar cada um que tiver vergonha de mim da minha vida. Você tem o direito de me ocultar por vergonha, como eu tenho o direito de excluí-lo da minha vida por amor próprio. E eu sei fazer isso. Já estou fazendo isso. Matando aos poucos até não sobrar nada aqui.
Amigo: Não é assim - eu o interrompo.
Eu: Eu sou extremista e você sabe disso. Não quero nada pela metade. Nem amor. Mas isso não é extremismo, é apenas sobrevivência. E para eu sobreviver eu vou precisar recomeçar longe de quem eu amo e não me aceita. Apenas recomeçar sem mentiras e sem voltar para Bahia. Nada de visitas no natal, no reveillon ou carnaval. Serei apenas torpedos, e-mails, quiçá, telefonemas. Tchau!

De tudo isso, o que mais me espantou foi como uma pessoa muda tanto. Ele NUNCA se preocupou com o que os outros pensam, mas isso tudo foi na teoria, pois agora vi o quanto ele se importa. Mas se para eu ser feliz eu tiver que deixar todos eles para trás assim eu o farei. Sem medos.
GRITO, GRITO e GRITO!

terça-feira, 13 de julho de 2010

Apenas a verdade

Eu fui dramático no post de ontem, fato! Mas o problema maior não era assumir ser quem eu sou, mas sim assumir que eu passei a minha vida me enganando e enganando outras pessoas. E em minha casa a palavra sempre foi "diga a verdade SEMPRE", e a minha mãe sempre exigiu que, mesmo que fosse uma coisa ruim, deveríamos dizer a verdade.
Contei ao meu irmão e ele apenas me ouviu, e talvez tenha visto o medo em meus olhos, a minha voz grave e trêmula, mas eu fui até ao fim. Depois de ouvir a minha história, ele disse:
"- Eu só quero a sua felicidade. Eu te amo e não sinta como se você tivesse mentido para mim, mas apenas se protegendo, por medo de algo desconhecido e cercado de preconceito."
Ele me envolveu em seus braços, me beijou e dormimos ali, em silêncio, com a certeza que eu não precisava temer e que a minha mentira fora perdoada.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Eu sou uma farsa


Não se espantem com a minha afirmação, mas ela é a mais pura verdade. Sou uma grande FARSA.
Eu cresci ouvindo dizer que "mentira tem pernas curtas", só que as minhas tem, digamos assim, 20anos, e NINGUÉM descobriu. Em pleno século 21, não seria novidade alguma que alongassem as pernas da mentira e assim foi feito com a minha. Passei os primeiros 23 anos de minha vida enganando a mim e aos outros, fingindo ser quem eu não era, e quando eu passei a aceitar e viver quem eu era, comecei a enganar e mentir APENAS para as pessoas a quem eu AMO e que SUPOSTAMENTE me amam. Medo? Não sei.
Estou falando disso mesmo: da orientação sexual que compartilho com vocês, ilustres desconhecidos, mas que oculto das pessoas a quem eu mais amo. Isso não quer dizer que eu não goste de vocês, ao contrário, foi graças a vocês, queridos seguidores e a quem eu sigo, que eu aprendi muita coisa, mesmo em tão pouco tempo.
Quer saber o motivo por eu estar escrevendo isso agora? Porque eu estou tentando ser verdadeiro e dizer o que há dentro de mim para a pessoa mais importante da minha vida - e este alguém não é a minha mãe, que embora seja importante, não está em primeiro lugar - e as palavras não saem. Ele sempre foi aquele porto bem seguro onde eu depositava as minhas frustrações, meu medo, minhas angústias; com ele sempre me era permitido chorar, pois ele sempre estava disposto a me ouvir, mesmo quando tudo o que eu tinha para dizer era o silêncio - resultado de minhas mentiras. Agora, tudo o que eu preciso fazer é contar-lhe a verdade, mas eu não sei por onde começar. "Eu sou gay e menti para você"? Acho que ele merece mais do que isso. Merece explicações de toda uma vida de dedicação e cuidado.
Sabe o pior? Que eu sei que ele não me cobrará nada e ainda vai me dar uma abraço e dizer que estará comigo sempre.
Estou vendo tudo desta forma: O amor e cuidado dele de uma vida VERSUS a minha mentira e falta de confiança com alguém que sempre cuidou de mim.
GRITO, GRITO e GRITO!

p.s.: estou indo contar agora e depois eu conto o resultado.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Doente

Depois de toda a historinha e todo o gelo da caipiroska eu fiquei doente. Minha voz começou a falhar e ficar nasal, minha garganta fechou e minha respiração estava difícil levando-me ao pronto socorro do hospital São Rafael. Nada grave. Apenas uma Amigdalite não tratada que migrou para a minha tuba auditiva e me fez ficar com uma puta dor de ouvido e ainda me fez chorar de dor. Tem ainda uma maldita sinusite que está deixando os seios da minha face intocáveis. E sabe o que é pior de tudo isso? Ouvir as pessoas dizerem que a culpa foi do final de semana de cerveja, festa e mulher [ai, se eles soubessem que foi homem]. Não minha gente, não foi a bebida, mas o gelo que foi usado... o gelo que fudeu com a minha garganta junto com o frio do local - frio este que eu não senti graças ao licor e quentão.
Estava no telefone com o Tato assim que eu cheguei do hospital quando um certo gato me ligou e eu não atendi. Ao retornar para ele o mesmo apenas me ignorou DUAS vezes. Tudo bem, eu vou perdoá-lo. Eu acho.
Ainda é difícil deglutir e estou tomando leitinho para não fuder ainda mais a minha garganta.
Vou ali deitar que os calafrios estão me matando.
GRITO, GRITO e GRITO [grito abafado pela impossibilidade de falar. e estou sem voz desde segunda-feira.]!

P.S.: fiquei em 3º lugar no concurso

terça-feira, 6 de julho de 2010

TORPEDO

"Depois que eu adormeci e acordei com você, hoje o meu amanhecer foi vazio. Faltava alguém... Falta você. Beijos. Bom dia!"
Fui despertado ontem com este torpedo e me assustei bastante com o conteúdo deste, sei lá, acho que o cara pirou na maionese ou que ele deve ter batido forte com a cabeça. Como ele pode estar sentindo tudo isso, se tudo o que nós "vivemos" foi apenas uma noite. Estou encantado com o que está acontecendo, mas também estou assustado com a velocidade de tudo e deste sentimento que tomou o meu nobre "caso" de São João. Não sou destes que tem medo das coisas e estou pagando para ver e também estou contratando seguranças fortemente armados para me proteger de tanto desejo e paixão - confesso que tenho medo de namoro. Mas ele tem parecido tão verdadeiro, tão intenso e isso me lembra uma música de Kid Abelha que diz "Se a gente não dissesse tudo tão depressa, se não fizesse tudo tão depressa, se não tivesse exagerado a dose, podia ter vivido um grande amor."
Por essas e por outras eu respondi ao torpedo com uma frase de efeito criada por alguém mais sábia que eu "Você está indo depressa demais, não acha? 'Ama-me menos, mas ama-me por muito tempo'."
Eu GRITO sim. Mas um grito de "VAI DEVAGAR PARA NÃO ACABAR RÁPIDO. Vamos ser intensos mas sem exageros.
GRITO, GRITO e GRITO!

domingo, 4 de julho de 2010

O RETORNO

Ontem eu fui a última festa dos festejos juninos e de São Pedro aqui na Bahia: o forró Coffee. Como a minha mãe não nos deixou ir de carro - pode isso? Eu já tenho 28anos. Então meu irmão arrumou um bate volta - transporte para levar os possíveis bêbados e trazê-los em segurança ao lar - que o amigo dele estava organizando para levar os amigos e incluiu toda a família nesta parada. O amigo dele é tipo um deus, eu sempre ouvi falar mas nunca vi, mas ontem eu o vi. E gostei do que eu vi. Pronto falei!
Fomos apresentados e ao entrar no transporte da alegria eu me acomodei junto das mulheres bonitas e elas se abriram para me receber, e quando a conversa estava rendendo, o amigo do meu irmão, o Alex, falou "Visão, sente aqui na frente sozinho, é mais confortável para você, já que é grandão". E como um cara obidiente que eu sou, fui e me sentei sem muitas perguntas. Mas depois que o nosso bat-bat começou a andar, notei que ele estava em pé e melhor, ralando a bunda em meu ombro, mas tudo culpa do balanço do carro. E sim, ele saiu do lugar dele para que eu tivesse mais comodidade [oi?]. Foi então que ele falou "Não quer começar a esquentar? Toma uma ai. Desculpa eu ter te tirado do meio das gatinhas lá, elas já estavam no papo para você" e eu respondi "Não se incomode por isso, eu não jogo neste time e talvez seja melhor está perto de você do que delas". Ele ficou em silêncio, abriu uma Ice e tomou em um só gole, mas permaneceu ao meu lado todo o tempo. Ao chegar na festa e todos foram desembarcar ele me segurou e falou "fique!" e como não sou desses que contraria as pessoas - principalmente as que me agradam - eu fiquei. Quando todos já estavam do lado de fora - até o motorista , que estava procurando um lugar para estacionar e marcar com o pessoal o RETORNO, ele me deu um beijo daqueles que deixa bem claro o que virá em seguir e disse "Vou ter que ficar com a menina que está comigo, mas espero encontrar você sozinho na festa" e eu disse "Quem sabe...".
O que aconteceu no retorno? Com quem acordei com um beijo de bom dia e com café na cama?
Só posso dizer uma coisa: Ele falou que passou toda a vida me procurando e que não queria me perder. E eu não sei o real motivo, mas eu acho que vale a pena tentar. Acho que eu já estou começando a me apaixonar.