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quarta-feira, 28 de abril de 2010

segredinhos

Se eu não fui capaz de guardar o meu segredo comigo mesmo [eu guardei comigo durante 6 LONGOS ANOS], e com minha infidelidade, contando a terceiros, como posso eu exigir que estes terceiros possam, por amor a mim, guardarem meu segredo?
Pois é, inventei de ir contando aos poucos sobre mim a algumas pessoas selecionadas no grau de intimidade familiar, e acabei falando com alguém, que até ontem, eu não sabia que tinha uma GRANDE dificuldade em guardas as coisas para si, e sérios problemas em entender a parte do "não conte a ninguém, até eu dizer que não é mais segredo".
Sabe qual é a pior parte? Ela contou em uma mesa de bar para quem quisesse ouvir, e eu acabei descobrindo, porque o namorado-exu dela, veio chorar as mágoas dele comigo, pois ela havia falado coisas demais nesta mesma mesa, e acabou soltando o "ela falou que você assumiu qeu gosta de sua parada ai [sim, ele tem uma grande dificuldade em aceitar a homossexualidade a ponto de não repetir o nome]. Juro que eu fiquei entre me vingar e contar a ele o caso que ela tem com outro cara, ou apenas aprender que nem sempre se deve contar as coisas quando as queremos em segredo.
Não contei a ele sobre a infidelidade dela, e ainda por cima, fiquei 2 horas - EU DISSE 2 HORAS! - suportando a conversa dele e o choro por ama-la e ela fazê-lo sofrer tanto. Ouvindo o grande conflito do amor que ele sente por ela, mas ao jeito porra-lôka de viver dela. A vontade amenizou quando ele disse "se eu descobri que um dia ela me traiu, vai dar IML ou SAMU". Diante deste atestado de brutalidade, fiquei calado até ele partir.
Fiz bem?! Acho que sim.

domingo, 25 de abril de 2010

a morte

Sim, ela chegou e era esperada. A morte, mesmo sendo esperada, causa um certo impacto em quem "espera".
Foi sábado que ela escolheu para buscar o meu pai e o tirar deste mundo, livrando-o de toda dor e sofrimento. Ela veio e me causou dor também, mas não foi a dor da perda, e sim, a dor de ser duramente criticado por eu não derramar nenhuma lágrima. Não fiz questão de ver o corpo, de dar o ultimo adeus, nem seguir o cortejo. Fiquei em casa, dormindo enquanto velavam, e na hora do enterro, eu estava na casa de meu amigo assistindo o jogo do Santos.
Vocês conseguem imaginar o olhar de desaprovação de todos, não é? Sim, todas as pessoas hipócritas, que sabiam o quanto ele não prestava como pai, e que muitas vezes me incentivaram a colocá-lo na justiça, estavam ali, olhando-me e apontando-me como se eu fosse o grande vilão que outrora era o meu pai.
Ouvi uma dizendo "ele ainda vai ter filho e vai pagar por isso que está fazendo com o pai".Quer saber? FODA-SE! Todos eles. Não prestou em vida, não presta em morte. E meus filhos serão para mim reflexo do que eu for para eles. Darei amor e receberei na mesma medida. E não [notarão que estou cheio de não?], eu não vou me juntar ao rebanho de hipócritas e chorar por um defunto que não merece. Não pedi para que ele vivesse, mas também não pedi que morresse. Afinal de contas, ele morreu para mim há muito tempo atrás.

sábado, 24 de abril de 2010

pelo amor que eu lutei

Ele acordou e decidiu que aquele seria um dia diferente, pois sentia que precisava, pelo menos uma vez em sua vida, viver um amor intensamente. Sabia que não poderia passar o resto de sua vida evitando amar. Embora estivesse indeciso, pois o amor se apresentara uma vez, mas por medo, ele apenas desistiu de amar, em seu íntimo, sentia a necessidade de vencer este desafio. E conheceu a esperança: a esperança de ser amado o motivara a tentar viver este amor, mesmo sendo diferente.
Seguiu para o banheiro, tirou a sua roupa, entrou no boxe e abriu o chuveiro. Por um instante ficou contemplando a força da água que saía da ducha e ficou imaginando a aventura de viver esse amor. Estava frio, mas como era um dia de aventura, ele encarou a água gelada que, no primeiro instante, o deixou sem ar, com o coração desacelerado, e ele sentiu a mesma sensação que tivera quando olhara, pela primeira vez, aqueles olhos encantadores por quem se apaixonou.
Acostumou-se com a frieza da água e sua respiração voltou ao normal, enquanto seu coração assumia seu ritmo normal. Imaginava todas as palavras que diria, tentando organizar-se, já que a sua especialidade era a palavra escrita e não a oralidade.
Foi despertado pelo toque do seu celular, que trouxe a esperança ao seu coração, já que reconhecera o toque personalizado para seu amor.
- Qual o Bloco e o número do Ap? - perguntou a voz do outro lado da linha. Ele informou e fez uma breve despedida.
Correu para o quarto, apressando-se para se vestir, usou o perfume da conquista e então a sirene tocou.
Seguiu em direção a porta, mas o momento foi de exitação, e diante da porta ele conheceu o medo: medo de ser rejeitado, de ser incompreendido, de não ser amado. Tudo conspirava contra ele. Despertado por outro toque da sirene, ele atendeu a porta e seguiu-se os cumprimentos rápidos.
- Oi, entra ai, desculpe-me a demora - disse com a voz nervosa.
- Sem problemas. Pode falar, tenho pouco tempo, menos de meia hora.
Nessse instante, seu coração batia acelerado, o corpo fico gélido e já não tinha controle sobre as mãos, que estavam trêmulas. Pensou em falar qualquer bobagem, por causa do medo que sentia, mas em seu íntimo, sabia que não podeira mais adiar aquele momento. Olhou nos olhos de seu amor e disse:
- Eu amo você - sussurrou - e passei tanto tempo tentando apagar esse amor, que achei que só poderia esquecer, se te contasse isso. Queria me livrar deste amor, por medo, por não aceitar estar apaixonado por outro homem, ams eu prometi a mim mesmo nunca mais ter medo.
- Eu já imaginava - falou olhando para os pés - mas eu não posso te dizer nada que te machuque e nem te faça sofrer, mas não posso ficar com você. Não seria da vontade de Deus - Ele levantou e foi embora.
Depois de tudo, seguiu o silêncio, o mal estar de quem é amado mas não amava, e entre os dois foi criado um abismo invisível e uma ponte precisava ser construída se quisesse manter a amizade. Foi ai que ele conheceu a rejeição. Isso casou-lhe uma dor maior que o amor, mas não demorou muito para ele compreender que a rejeição era o amor não correspondido.
Ele também teve que aprender sobre outro sentimento: a coragem. Coragem para olhar nos olhos que o encantou e apenas sentir o amor fraternal, para matar o amor que inundou seu ser e o qual ele estava disposto a viver, sem causar maior estrago ao seu coração; coragem para suportar a rejeição e para virar a página e seguir adiante.
Hoje, ele senta no jardim, contempla o céu estrelado com uma linda lua cheia, que convida os corações a se apaixonarem, e é tomado pela esperança, acreditando que um dia voltará a amar e viver um amor. Mesmo com tudo que passou, está decidido a viver o amor quando sentí-lo novamente.
Humano sonhador. O que ele não sabe é que ele vive em minha imaginação, portanto, ele fará apenas o que eu julgar necessário e não destrutivo para ele, pois, sou o autor de suas "histórias", e não permitirei vê-lo sofrer novamente - e sofrer junto com ele - a dor que o amor pode causar. Não outra vez.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

a cara da riqueza

A pobreza tem a mesma cara e o mesmo sorriso em qualquer lugar do mundo. Fato! E o exemplo disso é o novo ganhador da loteria nos USA, Christopher Shaw, balconista de uma loja de conviniências, que faturou uma generosa quantia de de US$ 258 milhões [R$ 455 milhões].
Sabe o que mais me espantou com essa notícia? É ele dizer ainda não saber se vai abandonar ou não o seu emprego [ como assim? Essa seria a minha primeira decisão!]. Entre as suas prioridades está a quitação de dívidas e quitar o valor de US$ 1.000, referente a compra de seu Ford Ranger[usado] fabricado em 1998, comprado na mão de um amigo que vendeu e dividiu em em 10 parcelas de US$100. Sim, e tem ainda o sonho de todo novo rico[até entre os norte americanos, tá vendo?]: levar os filhos para passear na Disney World, em Orlando (Flórida). Esta é a cara da riqueza[/Maroca]:




Depois vem me dizer que só no Brasil temos dessas coisas. Né? Espero que ele inclua em sua lista de prioridades, dentes novos, porque ai sim, ele vai ficar bonito... E rico. Beijos.
Pesquei essa notícia AQUI.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

um pouco do meu pai

Macho Alfa, casado três vezes e abandonado pelas mulheres na mesma quantidade de vezes. A ultima foi minha mãe, que ao deixá-lo, mandou-lhe a seguinte profecia: "Os egoístas morrem só". Dono da verdade absoluta, com um grande coração e sempre disposto a ajudar os outros, MENOS AOS FILHOS, a quem, acredito eu, ele delegava a função de suporte as mães ou a qualquer estranho, menos ele.
Quando minha mãe fez-se o favor de abandonar o meu pai[todas o abandonaram] , ela não transferiu nenhuma mágoa que ela sentia por ele para nós, ao contrário, sempre colocou "panos quentes" para esconder o descaso com o qual ele nos tratava. Nas datas especiais e comemorativas, eu e minha outra parte - já falei que eu sou gêmeo? Pois é. Eu sou. - íamos sempre à casa dele, na esperança de receber um presente, um abraço, afinal éramos crianças. Lembro-me de uma vez, dia 12 de outubro, um domingo pela manhã, fomos a casa dele buscar nosso tão sonhado presente, e logo na chegada, encontramos a afilhada dele e o irmão, saindo da residência dele exibindo presentes e dinheiro que ela havia ganhado do dindo[meu pai] dela. Ao entrarmos na casa, pedimos a benção, e perguntamos se ele também tinha comprado nosso presente do dia das crianças. Para nosso surpresa, ele havia dito que sim, abriu o armário e de lá tirou 2 balas e deu uma para cada um de nós dizendo "Já que são gêmeos, presentes iguais. É o que eu posso dar a vocês". Eu peguei a minha bala com toda a dor do mundo, lágrimas nos olhos pronto para ir embora. Já reflexo, que de bobo não tem nada, com o seu gênio do cão, pegou a bala e jogou em cima da mesa seguido das palavras "fica com esta, pode te fazer falta. Vamos embora, Visão, não precisamos disso." Partimos sem presente, sem o sorriso inerente as crianças presenteadas no 12 de outubro.
Essa foi a mais marcante entre muitas que ele fez comigo e com a maioria dos filhos, aliás, duas filhas ele acolheu com amor e deu tudo o que tinha - de dinheiro a amor - e são elas hoje, que não suportam ter que cuidar dele. Não preciso dizer que ele também nunca pagou uma mensalidade de nossa escola e nem um material escolar. Preciso?!
As filhas que ele escolheu[eu quero deixar claro que amo as minahs irmãs e somos muito ligados] ligaram-me ontem pedindo uma ajuda, para que eu fosse dar uma força para cuidar dele - é importante dizer que ele está morando em um Estado diferente do meu - afinal ele é meu pai. Não resisti a chantagem barata, apelativa e sem sentido e disparei: Irmã... [pausa para reestruturação]... Não tenho obrigação moral nem cívica alguma de cuidar de seu pai. Isso mesmo o que você ouviu. Há alguns anos atrás, eu o recebi em minha casa, acompanhei todo o tratemento até a cirurgia dele, sustentei ele com comida e casa, dando amor e carinho a ele, e quando ele melhorou, falou em alto e bom som "EU VOU PARA ONDE ESTÃO AS MINHAS FILHAS, PORQUE SÃO AS ÚNICAS QUE PRESTAM, OS OUTROS SÓ QUEREM ME EXPLORAR". Aquela foi minha última tentativa de aproximação com ele, pois durante todos aqueles longos 3 meses, eu esperei que ele visse que, mesmo não recebendo cuidado nem carinho dele, eu dei tudo o que eu tinha de melhor a ele, perdendo minhas noites com ele, enquanto dividia meu tempo entre trabalho e estudo. Então, que ele apodreça sozinho e morra sozinho, pois de mim, nem uma ultima palavra. Para mim ele morreu há 3 anos atrás e já não me importa o que aconteça.
Depois de um tempo, ela concordou com tudo o que eu disse e que entendia o que eu estava sentindo, mas que eu deveria lembrar que ele, acima de qualquer coisa, era meu pai. Ainda falou que eu preciso aprender a perdoar. Não suporto este laço que me liga a ele, sufoca-me na mesma proporção que ter meus irmãso me faz bem, aliás, nem acredito que, só pelo simples fato de termos o mesmo sangue, signifique que ele e este elo seja eterno, e não possa ser interrompido. Acredito nos laços que eu crio com a convivência, com o cuidado e respeito mútuo. Embora eu não possa deixar de ser seu filho biologicamente nem juridicamente, em meu coração, ele deixou de ser meu pai há muito tempo. Eu tentei criar um elo entre nós várias vezes, mas ele fez questão de quebrá-los sempre, e não será agora, em seu leito de morte, sem o menor esforço dele, que eu vou voltar a tentar criar algo que irá me machucar ainda mais. Não tenho vocação para masoquista. Como profetizou a minha mãe "Os egoístas morrem só".

terça-feira, 20 de abril de 2010

Não sei o que sentir

Neste exato momento estou em uma fase muito chata em minha vida: o meu pai está morrendo e há pouco instante recebi a notícia que ele teve uma parada cardiorrespiratória e está em uma UTI. Eu realmente não sei o que sentir. Não sei se sinto a dor por saber que o homem de quem eu esperei [e merecia por direito divino] amor, carinho e dinheiro, está deixando este mundo sem cumprir o papel dele; ou se alívio por saber que sem a existência dele, a dor de ter sido abandonado por ele e não ter conhecido o verdadeiro amor pai-filho, que dizem os mais nobres de coração, ser um vínculo forte e eterno, possa desaparecer de minha vida, levando junto com ele toda a mágoa que há. Agora, a única coisa que eu posso dizer sentir, é um aperto sem tamanho no peito, e por mais que eu tente me livrar disso, está me sufocando, e o grito de dor/alívio não consegue sair. Realmente eu não sei definir o que eu estou sentindo. Talvez, quem sabe, um dia encontrarei as respostas, mas não é algo que eu quero procurar. Não agora. Não aqui.

O Preço Da Covardia


Depois de 23 anos lutando contra a minha homossexualidade, devido a religião impregnada em minha essência, eu encontrei um amor. Na verdade, eu já era amigo dele, e nunca tinha imaginado estar com ele de uma forma diferente que não fosse amizade.
Em 2004, no dia do meu aniversário, eu estava na casa de um velho amigo, conversando sobre o cotidiano enquanto ele arrumava a casa. Adormeci e fui despertado com gotas de água sobre a minha face, abri os olhos e me deparei com o sorriso mais lindo de toda a minha existência, e fui surpreendido com um beijo na boca seguido de um "FELIZ ANIVERSÁRIO". Ainda espantado e com o coração batendo mais ritmado que bateria de de escola de samba, me entreguei ao desejo e retribui o carinho. Fizemos amor ali. Percorri cada parte de seu corpo, como se eu o conhecesse, como se eu tivesse nascido para aquilo. Sem medos. Só desejo. Apenas prazer. Foi a primeira vez que eu me senti feliz e realizado. Era eu mesmo e o meu desejo falando mais alto.
Primeiro foi sexo. Depois foi um bem querer... um amor que foi crescendo a cada dia com cumplicidade e respeito. Foi com ele que eu aprendi a amar, a lutar para ser alguém melhor e a me aceitar como sou. Mas o aprendizado não foi suficiente. Dois anos juntos, vivendo o amor no anonimato, sem ninguém, além de nós mesmos, saberem de nosso romance, e eu o perdi por medo. Não tive coragem de assumi meus sentimentos, enfrentar a mãe dele[que me adorava, mas me odiaria quando ele contasse que éramos mais que amigos e sim amantes]. Por medo de tudo e de todos, e por não ter aprendido o necessário, acabei me afastando e perdendo meu grande amor.
Um ano se passou sem que tocássemos no assunto. A amizade continuou, mas o amor de homem deu lugar ao amor de irmão, embora ele já não compartilhasse sua vida íntima comigo, até que ele me revelou que estava namorando e que assumira para a mãe que era gay, e para meu espanto, ela o aceitou. A raiva, a inveja e todos os sentimentos odiosos tomaram conta de mim. Senti raiva pela minha covardia de não enfrentar o mundo pelo nosso amor, inveja por outro cara ter tido a sorte de ter um grande homem ao seu lado... Enfim, aprendi mais uma lição com ele. A última: devo lutar pelo o que eu quero, mesmo que para isso eu tenha que enfrentar o mundo e perder algumas coisas. Afinal, para se ter algo é preciso abrir mão de algumas coisas.
Hoje, embora ainda amigos, a azáfama de nossos dias atuais não nos permite um contato mais direto, embora raras são as vezes que o encontro no msn, e recados no orkut já não há. Algo se quebrou em nosso elo, e eu desejo que um dia possamos nos reencontrar e tentar acertar o que deixamos pedente. Um dia, talvez...

domingo, 18 de abril de 2010

UM GRITO PELA MADRUGADA!

COMO ASSIM ?! ESTOU TENDO ALUCINAÇÃO POR EXCESSO DE CHOCOLATE?
Eu preciso falar que eu gosto de futebol. Mas sempre dei mais preferência ao Europeu, e nunca sei explicar o motivo real que me leva a ter essa preferência. Gosto de acreditar que seja porque, como bom brasileiro que sou, valorizo mais as coisas que estão fora do país [NOTA 1: vale lembrar que nossos melhores produtos estão lá, né?].
E para completar minha veneração pelo futebol Europeu, nesta madrugada de sábado, quando penso que nada de bom me aconteceria, me deparo com essa notícia AQUI.
Se eu soubesse que essas coisas acontecessem, eu teria era sido jogador de futebol. E depois disso, ainda tem vestiário, neh? Com brincadeirinhas tipo tapinha na bundinha. Adoro este mundo esportivo. Sempre me dando[ui!] prazer.
Agora, por favor, GRITEM COMIGO: É BOM DEMAIS O FUTEBOL EUROPEU. BEIJOS!

PS: Se este homem AQUI vier para cima de mim e me tacar o beijo, só solto depois de 3h,beijos!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

GRITO DE DESESPERO


Minha gente, não é por nada não, mas eu resolvi passar o meu final de semana em um interior do interior, do interior, do interior. Pense em nada para fazer, nenhuma baladinha alternativa. Só tem hetero suado e sarado nesta cidade. Onde estão as Bee? Onde estão os Bi?
Sabe qual a vontade que me deu? Convidar todos estes homens lindos e sarados, e fazer eu mesmo uma baladinha GLS, só eu de gay, é claro, e nenhuma mulher. Tipo convidar para assistir um joguinho ou convidar para uma pelada[ui!]. Depois, muita cachaça, leia-se cerveja, e quando todos eles estiverem bêbados, comerão o que se mecher - eu mesmo, obviamente. E me fartarei de homens. Sempre tive essa fantasia sexual.
Mas é claro que vai continuar fantasia, porque eu nunca faria isso (eu acho).
Então, meu final de semana será de muita internet, chocolate, sorvete e tudo o que aumenta a quantidade de tecido adiposo e tira a saúde. Fora a comidinha[ui] da vovó, que é a melhor do mundo.
Beijos!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Saindo do Casulo... Já que o Ricky Martin saiu do armário.


1º de abril é um ótimo dia para contar as verdades mentiras que você não tem coragem de falar no dia-a-dia. E foi assim, no melhor primeiro de abril de minha vida: eu pude contar a alguém especial, uma verdade que eu escondi por toda a minha vida. GRITEI:
- Irmão, sabe porque eu perdi a minha fé em Deus, na bíblia, e em todas as outras coisas? Porque eu sou gay! Sim, eu sou gay, desde a minha infância, e eu passei toda a minha vida orando, jejuando, pedindo a Deus para não ser assim. Tudo isso por eu ter aprendido que era pecado e que eu iria para o inferno. Ainda é difícil admitir que sou gay para uma sociedade preconceituosa, mas eu descobri que o preconceito era maior em mim, e para manter minha sanidade, resolvi aceitar quem eu sou e viver sendo a única pessoa que eu poderia ser. Eu passei tanto tempo escondendo-me, sendo outra pessoa, que aos poucos eu fui perdendo a minha identidade, e quando dei por mim, já não era mais eu, e sim um personagem de uma "vida real", longe de qualquer realidade. Fui convarde. Tive medo. Mas agora sei que, se não posso ter as pessoas que eu amo ao meu lado com a verdade, é sinal de que elas não merecem meu amor e meu respeito. Não quero viver uma mentira. Não mais. Cansei dela. Sou o mesmo irmão que você ama e conversa sobre tudo, só com uma diferença: não é a Cacau quem eu fico olhando no Big Brother é o Elieser. Esta é a minha verdade. E eu não sei quando vou confirmar contar a mamãe, com isso, quero que guarde, por enquano, este segredo com você. E tudo o que eu disse não é mentira de primeiro de abril. Este primeiro de abril foi o dia que eu escolhi para revelar a mentira que eu sempre vivi.
Depois de uma breve pausa, Irmão disse:
- Eu te amo. Sempre te amei. E agora eu te amo mais do que nunca, pois sei que entre nós não há segredo, que você confiou em mim para compartilhar algo que te machucava. Agora você não precisa mais ter medo. Eu estou e sempre estarei com você. Enquanto ao seu segredo, ele ficará guardado comigo, até você achar que é hora de contar a quem quer que seja. E eu estarei lá, segurando em sua mão, para dar a força que você precisar.
Encerramos a conversa com o abraço mais fraterno e cheio de amor que eu poderia ter. Ele me deu um beijo e me levou para casa.
E a felicidade foi tão grande que eu esqueci de vir aqui gritar.
E eu continuo gritando.
GRITO, GRITO E GRITO!

terça-feira, 13 de abril de 2010

dia nublado


Hoje não amanheceu chovendo, mas o céu estava de nublado a parcialmente nublado [/garotadotempo], e como o céu, o meu dia começou escuro. Recebi a ligação de uma amiga aos prantos, dizendo que o seu avô tinha falecido. Vale falar que enquanto ela me dava a notícia, uma voz ao fundo cantava seu lamento "OH, MEU DEUS! POR QUE O SENHOR LEVOU MEU PAI? POR QUÊ? POR QUÊ?". Eu queria dizer também que eu nunca entendi o que leva as pessoas a perguntarem algo que elas nunca terão respostas, e chego a achar engraçado isso [por favor, não me julguem].
Como prometido, depois de colocar meu espírito velório mode ON, fui à casa dela oferecer meu ombro amigo e fazer a linha educado com toda a familia - que pertence a uma determinada denominação religiosa que veste roupas bizarras BEM COMPRIDAS, quase freiras. Enquanto estava lá, sentado com minha amiga, ajudando-a a suportar a dor e toda a sorte de orações e ladainhas cânticos religiosos, achando que nada mais poderia acontecer, eis que surgiu um carro em alta velocidade, causando terror entre os moradores da pacata rua, e no momento de estacionar, parecia coisa de cinema. Qualquer homem que visse a cena, diria que se tratava de uma mulher ao volante. ERRADO! Eis que surgiu do carro, uma figura grotesca, vestido com uma calça azul neon anil-dourado, com um cinto verde e uma blusa bejein. O meu demonhuzinhu interno se revirou de rir e eu tive que me conter, afinal eu estava em um velório, né gentein?
Já não bastasse todos os problemas, o pastor achou-se no direito de vir até onde nós estávamos, já que haviam outros jovens conosco, e começou a encher o saco tentar nos evangelizar. Falou que deveríamos aceitar a Jesus e viver uma vida com ele, para quando a morte nos visitar [se a morte me visita, sirvo chá e converso com ela. beijos], tivéssemos a certeza de uma vida no céu - Bonito é se não tiver céu [piada interna]. Continuou dizendo que não deveríamos usar drogas - loló, maconha, cola [alguém ainda usa isso? dúvida!] - como se estivesse escrito em nossa face "SOMOS DROGADOS E PROSTITUÍDOS", e que ele sabia como era a juventude, pois na dele ele fez isso tudo.
Foi nesta hora que o demonhuzinho interno me deu um ponta pé, jogou-me para escanteio e gritou na cara dele: VOCÊ ACHA QUE TODOS OS JOVENS, COMO VOCÊ ERA, FICA SE ENVOLVENDO COM DROGAS? NÃO CURTIMOS DROGAS. POR ISSO NÃO SOMOS CRENTES - ISSO VICIA, ALIENA E FAZ MAL A SAÚDE MENTAL. NOSSO OBJETIVO É PASSAR EM UM VESTIBULAR, CURSAR, SE PREPARAR PARA O MERCADO DE TRABALHO, QUE A CADA DIA FICA MAIS COMPETITIVO E VIVER A NOSSA VIDA AQUI, PORQUE NO CÉU NOSSA CASA JÁ TÁ PRONTA [PROMESSA DE JESUS].
Foi então que ouvi um barulho, e fui arrancado de meu mundinho, onde eu dizia a verdade ao pastor[pois a ética não me permite dizer na cara dele o que penso, beijos], e já não havia tempo de fazer nada, a víuva, avó de minha colega, derrubou o caixão, matou o morto pela segunda vez, e com isso, livrou-nos do pastor. Eu não preciso falar que quando vi o corpo do avô de minha amiga no chão e todo o alvoroço, eu corri, mas não em direção do bom velhinho para ajudar a devolver seu corpo a sua casa eterna, mas o mais distante possível e rachei o bico de tanto rir,. Eu precisei fazer isso. Sei que pode soar como falta de respeito, mas nem nas melhores pegadinhas você ver essas coisas acontecer. Né?
Mas o que eu quero gritar, na verdade, é contra essa maldita associação de jovens "não-evangélicos" ao mundo das drogas e prostituição. Hello! Há muito mais coisas para se viver e nem todo mundo usa droga. Beijos.
Por isso eu GRITO, GRITO e GRITO!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Um grito um pouco (muito) melancolico.

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As nuvens tomaram conta da Lua cheia, a noite de repente ficou chuvosa.
Meu coração está em pedaços.
Uma onda de solidão toma conta do ar, e junto ao cheiro de terra molhada, aumenta minha carência.

Penso em quebrar algo na parede, descontar a frustração de estar namorando e ao mesmo tempo sozinho por causa da distancia. Isso me faz parecer insano, talvez exagerado, mas há coisas que não posso gritar dentro da minha casa.
Já quebrar copos em silencio na parede é liberado (eu acho).
Me vem na cabeça uma segunda opção, beber desenfreadamente para esquecer. Mas isso faria eu chorar e gritar em soluços dramaticamente "por que você não está aqui, meu amor?!" [/Maria do Bairro].
E isso não seria muito agradável...
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Toda essa situação de carência, me faz parecer muito dependente, e acaba com minha aparência de auto suficiente. Mas, essa sensação de unitário me deprime.

Tenho medo de parecer controlador ou pegajoso por querer estar perto sempre (ou quase sempre). Mas o que posso fazer se gosto de ser mimado com carinho?!
O que me resta é gritar, principalmente no ouvido do coelho da pascoa, do meu pai, do meu avô e de quem mais se comover (cantada), que eu necessito de chocolate para sobreviver a esse período de carência na minha vida.

Que Deus me ajude e tenha piedade de mim. (Amém)