Pages

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Reflexões de Acampamento.

Sábado eu coloquei o pé na estrada e fui acampar até o dia do feriado de São Jorge [/Rio de Janeiro.
Abandonar a agitação da cidade, trabalho e faculdade foi maravilhoso. Foi bom não escutar ninguém pedindo para que eu "dê uma olhadinha" em radiografias, hemogramas e mobilizar a coluna para findar dores.
Mas acho que não foi tão acertado com eu pensei. O silêncio me trouxe a tona antigos questionamentos, e algumas incapacidades que eu sempre quis manter ocultas dentro de mim. Incapacidade, não seria a palavra certa, mas talvez, bloqueio.
Tenho me reservado demais. Não estou conseguindo dar oportunidade de outras pessoas entrarem dentro de uma armadura fiz em volta de mim. Isso é um retrocesso meu (confesso) mas, não me sinto preparado para gostar de alguém e me aventurar e algo que possa abalar minhas estruturas.


minha armadura... rs

Tenho vivido, ou melhor, sempre vivo amores do tipo platônico, no qual eu digo "eu te amo" e grilos respondem em coro "cri cri cri". Do que adianta ter um namorado, se ele só está contigo pela conveniência de não ficar sozinho?! Essa coisa toda vira uma bola de neve, quando não te amam, vão te trair com certeza, te abandonar e etc etc... (my drama queen).

No fim de todo esse questionamento, vou fazer um resumo sucinto do que eu senti: 
PORRA gente, naquele silêncio todo eu me vi um pouco sozinho (leia-se muito), e sem coragem no momento de tentar um relacionamento. Percebi que tenho arrumado desculpas banais para não namorar ninguém, desculpas estas que apenas me convencem.
Sair com outras pessoas, eu saio. Me deixar envolver, este sim está sendo o meu problema atual. Preciso apenas de coragem ou alguém que me faça ter essa coragem novamente.


Ps. DESABAFEI... estou melancólico, me desculpem (isso acontece as vezes)
Mas, no próximo post conto a parte divertida da história do acampamento... em prévia terá pessoas fumando orégano pensando que é maconha, eu dançando reggae com Jah (aloka), gente perdida na mata capotando na lama e crise de risos na hora errada.

Um beijo, pessoas ;)


By Tato


quinta-feira, 19 de abril de 2012

Primo bêbado...

Pela primeira vez em anos, não escreverei algo relacionado a bebida alcoólica dentro do meu organismo. Ou seja, quem bebeu e fez a gata (in)sóbria não foi eu. (amém)
Vamos a história...

...meu telefone toca as 23:30h copiosamente durante 5 minutos (e não tem coisa mais chata que gente insistente), levantei os olhos tento olhar o visor do celular em cima da mesa (desnecessariamente, sou míope). Levanto e atendo, penso em um mundo de pessoas que poderiam estar me incomodando até que:

-Alô, Tato?
-Ele, fala. (seco)
-Grosso, sou eu, Muny. Vem aqui para minha casa, estamos fazendo uma festinha. Tem bebida, gente interessante... até meu primo me emprestou o celular para te chamar, vem?

(gente interessante? OASIS é?!)
(aliás, um dos meus defeitos é não saber dizer não)

Chegando na casa da Muny, fui recepcionado pela própria, que me introduziu na festa como um boa anfitriã. 
Detalhes básicos para você entender onde eu me meti:

1º não era uma festa, apenas um happy hour com 15 pessoas, sendo que 10, parentes dela.
2º os pais da Muny estavam em casa, e nenhum deles pareciam felizes com a festinha.  (convenhamos amigues, nada pior que pai e mãe de cara amarrada em festa)
3º havia um baralho. (eu adoro poker e isso não influenciará em nada na história)

Quando o primo dela (dono gato do celular) me viu, mostrou um brilho nos olhos, como seu fôssemos antigos amigos de infância. Ele parecia um fã meu, alucinado... começou a falar comigo com um grau de intimidade surreal. 
Dizia que já havia ouvido diversas histórias minha sobre bebida (oi?) e como eu bebo feito homem (e isso me deu medo, de verdade).
Ao que parece, minhas histórias lhe deram o direito (ou o dever) de encher meu copo a toda hora, e pior, ele queria acompanhar a quantidade de bebida que eu bebia (vou confessar que quando ele saia para pegar mais bebida, eu jogava tudo no vaso de planta - beijos)

tem com prestar?!

Ele sorria, as vezes ficava mudo e me olhava de uma forma meiga, um tanto quanto invasiva também.
Me empurrava wisky (ala cowboy), vodega (adoro), batida de morango e me olhava beber, com tamanha alegria que por diversas vezes pensava que devia haver veneno ali.

FOI NESSA HORA QUE O MEU GAYDAR GRITOU [!!!] 

O primo queria me embebedar para criar coragem de dizer algo mas, quando percebi já era tarde. Ele já estava bêbado e eu não. Ele não me olhava mais, estava em devaneio (e eu triste, pedindo para Deus trazer ele de volta para mim luz). 
Nota mental: Gente, o menino era uma graça e se eu não fosse tão lerdo, teria mandado ele parar de beber e deixava ele mais a vontade para se expressar emocionalmente.

Mas como eu dizia, já era tarde.
O primo, estava louco. Abraçou o encosto do sofá e ficou me olhado com um olhar lindo bêbado,  se auto vomitou e começou a rir (e essa foi a parte que eu não entendi... qual a graça em se vomitar?!).
A mãe da Muny veio pegar ele para dar um banho e o primo gritou:

- EU SÓ VOU SE O TATO FOR.
(meu mundo caiu... [/Maysa)

Fiz a linha "eu te ajudo tia, esse bêbado não sabe o que diz" e levei o primo para o banheiro. Chegando lá, ajudei aquele homem lindo de 1,90 a tomar banho, joguei ele com roupa e tudo na agua gelada, tirei a roupa dele molhada depois (excitante, só que não), troquei-o com a tia dele me vigiando ajudando.
Ele dormiu, no sofá repetindo que havia perdido a dignidade dele (não preciso dizer a cara que toda a família ficou me olhando né?!).
E depois dessa, fedendo a vômito, saí a francesa, como sempre.

_____________________________________________

E é assim que começo a nova temporada de textos do Grito! 
Esse é só o início de coisas tensas/engraçadas/tristes/felizes/depressivas/surreais (cansei!) que aconteceram e que estão acontecendo comigo nesse ano.

Ps. como estava com saudade disso aqui.


By Tato