Pela primeira vez em anos, não escreverei algo relacionado a bebida alcoólica dentro do meu organismo. Ou seja, quem bebeu e fez a gata (in)sóbria não foi eu. (amém)
Vamos a história...
...meu telefone toca as 23:30h copiosamente durante 5 minutos (e não tem coisa mais chata que gente insistente), levantei os olhos tento olhar o visor do celular em cima da mesa (desnecessariamente, sou míope). Levanto e atendo, penso em um mundo de pessoas que poderiam estar me incomodando até que:
-Alô, Tato?
-Ele, fala. (seco)
-Grosso, sou eu, Muny. Vem aqui para minha casa, estamos fazendo uma festinha. Tem bebida, gente interessante... até meu primo me emprestou o celular para te chamar, vem?
(gente interessante? OASIS é?!)
(aliás, um dos meus defeitos é não saber dizer não)
Chegando na casa da Muny, fui recepcionado pela própria, que me introduziu na festa como um boa anfitriã.
Detalhes básicos para você entender onde eu me meti:
1º não era uma festa, apenas um happy hour com 15 pessoas, sendo que 10, parentes dela.
2º os pais da Muny estavam em casa, e nenhum deles pareciam felizes com a festinha. (convenhamos amigues, nada pior que pai e mãe de cara amarrada em festa)
3º havia um baralho. (eu adoro poker e isso não influenciará em nada na história)
Quando o primo dela (dono gato do celular) me viu, mostrou um brilho nos olhos, como seu fôssemos antigos amigos de infância. Ele parecia um fã meu, alucinado... começou a falar comigo com um grau de intimidade surreal.
Dizia que já havia ouvido diversas histórias minha sobre bebida (oi?) e como eu bebo feito homem (e isso me deu medo, de verdade).
Ao que parece, minhas histórias lhe deram o direito (ou o dever) de encher meu copo a toda hora, e pior, ele queria acompanhar a quantidade de bebida que eu bebia (vou confessar que quando ele saia para pegar mais bebida, eu jogava tudo no vaso de planta - beijos).
tem com prestar?!
Ele sorria, as vezes ficava mudo e me olhava de uma forma meiga, um tanto quanto invasiva também.
Me empurrava wisky (ala cowboy), vodega (adoro), batida de morango e me olhava beber, com tamanha alegria que por diversas vezes pensava que devia haver veneno ali.
FOI NESSA HORA QUE O MEU GAYDAR GRITOU [!!!]
O primo queria me embebedar para criar coragem de dizer algo mas, quando percebi já era tarde. Ele já estava bêbado e eu não. Ele não me olhava mais, estava em devaneio (e eu triste, pedindo para Deus trazer ele de volta para mim luz).
Nota mental: Gente, o menino era uma graça e se eu não fosse tão lerdo, teria mandado ele parar de beber e deixava ele mais a vontade para se expressar emocionalmente.
Mas como eu dizia, já era tarde.
O primo, estava louco. Abraçou o encosto do sofá e ficou me olhado com um olhar lindo bêbado, se auto vomitou e começou a rir (e essa foi a parte que eu não entendi... qual a graça em se vomitar?!).
A mãe da Muny veio pegar ele para dar um banho e o primo gritou:
- EU SÓ VOU SE O TATO FOR.
(meu mundo caiu... [/Maysa)
Fiz a linha "eu te ajudo tia, esse bêbado não sabe o que diz" e levei o primo para o banheiro. Chegando lá, ajudei aquele homem lindo de 1,90 a tomar banho, joguei ele com roupa e tudo na agua gelada, tirei a roupa dele molhada depois (excitante, só que não), troquei-o com a tia dele me vigiando ajudando.
Ele dormiu, no sofá repetindo que havia perdido a dignidade dele (não preciso dizer a cara que toda a família ficou me olhando né?!).
E depois dessa, fedendo a vômito, saí a francesa, como sempre.
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E é assim que começo a nova temporada de textos do Grito!
Esse é só o início de coisas tensas/engraçadas/tristes/felizes/depressivas/surreais (cansei!) que aconteceram e que estão acontecendo comigo nesse ano.
Ps. como estava com saudade disso aqui.
By Tato