Eu não tenho dúvidas a respeito do que eu quero para a minha vida. Talvez eu tivesse na época em que "escolhi" ser médico, enfermeiro, farmacêutico, tudo para seguir os passos de minha mãe. Foi algo imposto a mim e nesta época eu não tinha coragem o suficiente para enfrentar e decidi por mim mesmo que caminho seguir. Também não posso dizer que a minha mãe me obrigou, mas afirmo que ela o fez através de mensagens subliminares de efeito imediato, do tipo "se você gosta de escrever, faça medicina e escreva livros de medicina" ou "você nasceu para ser médico", obrigando-me a satisfazer os seus desejos.
Eu sempre admirei a minha mãe e todo o trabalho que ela teve para nos criar sem o apoio do meu pai [que o inferno o guarde em fogo alto]. Foram anos de ausência por causa de seu trabalho em três hospitais, e quando eu queria vê-la, tinha que ir ao hospital e aguardar o intervalo entre um cirurgia e outra. Fim de semana com minha mãe? Nunca existiu. Sempre havia uma mulher parindo [ou terra sem controle de natalidade, minha gente]. E todo este esforço dela me levou a querer fazer a sua vontade, mesmo que consequentemente fosse a minha infelicidade.
Mas há tempo para tudo, e eis que um dia, eu acordei lindo e gay, sentido a necessidade de mudar e com coragem para fazer isso. Eu precisava recomeçar em um lugar onde ninguém me conhecesse, que eu não fosse apenas o "filho da minha mãe" e não tivesse referência; um lugar onde eu mesmo tivesse que me inventar e criar as minhas referências. Pedi demissão do trabalho, tranquei a faculdade e fui embora da minha cidade para fazer o que eu queria: JORNALISMO! Foi uma decisão difícil, mas era algo que eu precisava no momento. Nada de planos, apenas instintos de sobrevivência. E sobrevivi. Não foi fácil e tive que aprender a viver sem as mordomias que eu estava acostumado, e o que antes para mim era insignificante passou a ter valor. Quando eu tinha uma nota de R$10,00 eu me achava rico, enquanto antes de ter mudado de vida, eu achava que R$50,00 não era dinheiro. Virei cozinheiro, lavava as minhas roupas, arrumava o apartamento, e passei a ter uma VISÃO maior de mundo. Deixei de ser o filho mimado e que tinha tudo nas mãos. CRESCI em dois anos o que eu não tinha crescido em 26 anos de vida.
Minha familia não acreditava que eu conseguiria viver longe da proteção de minha mãe, e esperaram que eu voltasse em três meses. Mas isso não aconteceu. Superei as expectativas deles e ganhei mais admiração. Voltei por uma necessidade maior, mas isso não podou as minhas asas. Aprendi a voar. E voarei quantas vezes eu precisar.
GRITO, GRITO E GRITO!
PS: * o "sem título" é para dizer ao Alan que, como[ui!] ele, também não encontro títulos para o que eu escrevo.
Eu sempre admirei a minha mãe e todo o trabalho que ela teve para nos criar sem o apoio do meu pai [que o inferno o guarde em fogo alto]. Foram anos de ausência por causa de seu trabalho em três hospitais, e quando eu queria vê-la, tinha que ir ao hospital e aguardar o intervalo entre um cirurgia e outra. Fim de semana com minha mãe? Nunca existiu. Sempre havia uma mulher parindo [ou terra sem controle de natalidade, minha gente]. E todo este esforço dela me levou a querer fazer a sua vontade, mesmo que consequentemente fosse a minha infelicidade.
Mas há tempo para tudo, e eis que um dia, eu acordei lindo e gay, sentido a necessidade de mudar e com coragem para fazer isso. Eu precisava recomeçar em um lugar onde ninguém me conhecesse, que eu não fosse apenas o "filho da minha mãe" e não tivesse referência; um lugar onde eu mesmo tivesse que me inventar e criar as minhas referências. Pedi demissão do trabalho, tranquei a faculdade e fui embora da minha cidade para fazer o que eu queria: JORNALISMO! Foi uma decisão difícil, mas era algo que eu precisava no momento. Nada de planos, apenas instintos de sobrevivência. E sobrevivi. Não foi fácil e tive que aprender a viver sem as mordomias que eu estava acostumado, e o que antes para mim era insignificante passou a ter valor. Quando eu tinha uma nota de R$10,00 eu me achava rico, enquanto antes de ter mudado de vida, eu achava que R$50,00 não era dinheiro. Virei cozinheiro, lavava as minhas roupas, arrumava o apartamento, e passei a ter uma VISÃO maior de mundo. Deixei de ser o filho mimado e que tinha tudo nas mãos. CRESCI em dois anos o que eu não tinha crescido em 26 anos de vida.
Minha familia não acreditava que eu conseguiria viver longe da proteção de minha mãe, e esperaram que eu voltasse em três meses. Mas isso não aconteceu. Superei as expectativas deles e ganhei mais admiração. Voltei por uma necessidade maior, mas isso não podou as minhas asas. Aprendi a voar. E voarei quantas vezes eu precisar.
GRITO, GRITO E GRITO!
PS: * o "sem título" é para dizer ao Alan que, como[ui!] ele, também não encontro títulos para o que eu escrevo.
Então, eu passei por coisa PARECIDA, nada comparado. É, porque não existem comparações para experiências de vida, né? Foi quando eu decidi que a minha vida era a atuação, era o palco, que os aplausos eram o meu combustível. Larguei um colégio técnico que minha mãe INSISTIA em me empurrar e isso gerou um distúrbio. Foi bom. Depois disso, começamos a respeitar o outro e hoje somos muito mais do que um filho e uma mãe. Somos irmãos. Ela é minha melhor amiga (não que eu conte minha vida amorosa pra ela, isso não ._.).
ResponderExcluirParabéns querido ... isto só te torna maior e verdadeiramente um homem ...
ResponderExcluiradmirável
bjux
;-)
o legal destas experiências é justamente expandir a mente. Parabéns.
ResponderExcluirAbração meu caro.
Tava aqui pensando, gente, aquele rapaz das pernas malhadas, morenas e sunga branca me parecia tão simpático e ele ainda apareceu umas vezes lá no subúrbio de Blogsville deixando comentários para mim, mas não me lembro de ler mais coisas dele.
ResponderExcluirAgora que fui perceber, não necessariamente agora, mas uns quatro minutos atrás, que eu não lhe sigo e só costumo lembrar de ler os que sigo. Mas doravante eu ei de segui-lo, mesmo issaki num sendo o twitter.
Então, peixos me liga.
Ain Deus, é difícil essas coisas não é ?!
ResponderExcluirMinha mãe tem o sonho de eu ficar rico e dar tudo pra ela, sério!
E pra ela é isso: OU eu virava pastor (super sério!), OU eu tenho uma linda profissão que ganhei muito mesmo. E claro há uma pressão em cima disso, pena que nunca vou corresponder. Vou fazer jornalismo, e isso ela já sabe, diz que aceita, mas vai saber. Todo dia, ela vem falar de igreja....
Seria até legal virar pastor, iria ter uma vida econômica boa, mas sinceramente, odeio igreja, odeio pastores e não sou religioso.
UHASHAHSHAUHUSA
Falei demais!
Cara, ótimo post, e que bom que vc resolveu tomar essa dicisão pra si, que bom que vc fez a sua vida do seu modo!
PS: Adorei ser citado! rs
Romper alguns elos da vida são muito dificeis, e qto mais se protela, mas complicado se torna.
ResponderExcluirO que vc fez foi muito corajoso e para ser medico, há a necessidade de ter nascido para isso.
Espero que a profissão de jornalista esteja te trazendo os prazeres daquilo que fazemos pelo simples fato de amar o que escolhemos.
abração
Olá menino
ResponderExcluirDinheiro nenhum no mundo paga o prazer de se fazer o que gosta, eu sou testemunha disso ,apesar de todos os problemas de minha profissão não a trocaria por nada, sou completamente feliz.
Beijão
Bensé? Nunca ouvi falar, quem (o que) é? Sabe que temos histórias bem parecidas. Eu também estou reconstruindo tudo... difícil pacas, mas incrivelmente gratificante. Bj
ResponderExcluirPois é...vc sabe contar boas histórias...eu ainda estou aprendendo...beijos
ResponderExcluirSupimpa!!! Um garoto de fibra, um homem de valor! E prontinho pra casar!! :-)
ResponderExcluirAi, faça aquilo que vc gosta...
ResponderExcluirNão seja como eu que sou academicamente frustrado!
Besito
É admirável a sua coragem de ser feliz, não digo felicidade em si, mas a liberdade que nos tiram logo que nascemos. Já conheci gente que desistiu do jornalismo para fazer medicina e, agora, começo o contrário tb. Cada um tem a liberdade do seu jeito. Parabéns por ter conseguido o que queria!
ResponderExcluirAbraço!
Preciso urgentemente abrir minhas asas e tentar voar por mim mesmo... me sinto você antes de sair de casa... preciso fazer as coisas por mim mesmo... apesar de pelo menos profissionalmente eu ser o que sempre sonhei...
ResponderExcluirAliás... me formei em Rádio e TV no fim de 2009... já pensou trabalharmos juntos que tudo? hahaha!
***
Adorei seu brÓgui... já seguindo!
***
xD
Ah... que eu adoro um homem determinado assim. Parabéns pela VISÃO de vida e pela atitude. E se for para a agradar a minha sogra (no caso sua mãe... hehe) a gente - eu e vc - até podemos brincar de médico, né? Hahahaha! Hugz!
ResponderExcluirTudo em seu devido tempo, não é mesmo, gnt.
ResponderExcluirSou para casar, embora não tenha encontrado alguém com quem casar. A coragem pode ser um bom combustível. Embora o desânimo apareça com as dificuldades, ter que superá-las foi uma forma de aprender.
Outro dia pensei "eu poderia ter me formado, e já estava tendo o meu emprego e meu dinheiro em abundância". Mas se assim fosse, eu não teria aprendido a viver a vida de verdade e intensamente.
Poderíamos sim, Arsênico, já imaginou o que faríamos juntos?
Vou te aplicar uma injeção, Vaquinha de meu coração.
Bjs a todos. Grato!